Às vezes colocamos nossos óculos no bolso ou na cabeça e mais tarde perguntamos: “onde estão meus óculos?”. Isso é muito comum. Procuramos em todos os outros lugares sem encontrar os óculos.
É por isso que precisamos do guru, que pode nos dizer: “Aí estão seus óculos”. Isso é tudo que os mestres de Mahamudra e Dzogchen fazem: simplesmente apontam. O que eles estão apontando é algo que você já tem. Não é algo que eles dão a você. Eles não te dão óculos novos. Eles não podem te dar óculos novos, mas podem apontar onde você pode encontrar seus próprios óculos.Quando recebemos as instruções que apontam de nosso lama-raiz, estamos sendo introduzidos de maneira direta e nua à realidade da natureza da mente. Essas instruções se tornam muito efetivas se tivermos nos preparado para recebê-las.[...]
Apontar é como indicar no céu, quando há muitas nuvens, e dizer a alguém: “ali está o céu azul”. A pessoa vai olhar e responder: “onde?”. Você responderia: “Ali, atrás das nuvens”. A pessoa para quem você está apontando o céu azul não vai ver de primeira. Contudo, se só uma pequena porção do céu aparecer, então você pode dizer: “Veja. O céu azul é daquele jeito”.
A pessoa então tem uma experiência direta. Ele ou ela sabe por experiência que há céu azul, que estará totalmente visível quando as nuvens se forem.
Dzogchen Ponlop Rinpoche (Índia, 1965 ~)
“Mind Beyond Death”
(Dharma Quote of The Week – Snow Lion, 29/04/2010)
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